terça-feira, 21 de setembro de 2010

Jerusalém do século XXI

COTEMPORÂNEA - Jerusalém preservou arquitetura, religiões milenares, os muitos museus... e abriu espaço ao desenvolvimento moderno  | imagem: Jerusalém em fotos
 #Valdívia Costa
Paraíba-BR Não podemos pensar que um lugar antigo e conhecido no mundo inteiro está do mesmo jeito que na época em que nem se cogitava a modernidade. Jerusalém, a capital de Israel, é uma dessas cidades históricas que nos desperta o interesse justamente por preservar milênios de cultura religiosa, mas com um pé na atualidade. 

Localizada nas Montanhas da Judéia, entre o mar Mediterrâneo e o mar Morto, a cidade possui locais sagrados, além de belas paisagens áridas e de grande importância arqueológica. Como bem descreveu uma reportagem recente da Folha, a história da cidade acompanha a história do povo hebreu, com fugas, reconstruções e inúmeras dominações diferentes. 

Segundo a matéria, Jerusalém foi o local escolhido para o rei Davi fixar residência, unificar as 12 tribos dos hebreus e concentrar o poder em suas mãos. Isso foi a quase mil anos a.C., quando os hebreus deixam de ser uma confederação de tribos e passam a ser nação. A cidade também foi do rei Salomão, homem de grande sabedoria, prosperidade e riquezas. Após a sua morte, ocorre divisão nas Tribos de Israel, originando o Reino de Judá com as duas tribos, ao Sul, e o Reino de Israel Setentrional, as 10 Tribos ao Norte.

Desde então, a história da cidade é marcada por invasões, destruição, êxodos e retornos do povo judeu. São muitas as marcas de destruição em Jerusalém. Mas nada que o tráfego entre visitantes e israelenses venha a desmanchar com o tempo. Como em toda Capital preparada para o turismo, a cidade é dividida entre a parte antiga e a cidade nova, o que nos faz imaginar os atrativos para a moderna Jerusalém.


Velho mercado de Jerusalém
Impérios Para saber um pouco mais sobre essas dominações de Jerusalém basta acessar os links dos governos israelenses que nos dispuseram informações. Uma das batalhas, em 332 a.C., a cidade sofre uma nova destruição, após a ascensão de Alexandre, o Grande, da Macedônia. O período islâmico, entre 638 e 1099, foi outra trajetória da cidade, até ser conquistada pelas cruzadas cristãs (1099) e, depois, tomada pelos egípcios e mamelucos. O domínio otomano (1517) foi para Jerusalém e Palestina, quando passa pela tolerância religiosa, aberta às três religiões monoteístas.

Domo da rocha
Liberdade No século XX, Jarusalém foi capital do território denominado Palestina, área correspondente ao que é hoje Israel, faixa de Gaza e Jordânia, durante a Primeira Guerra Mundial. À procura da tão sonhada paz, a recém criada ONU (1947) dividiu o território entre árabes e judeus. Jerusalém foi uma cidade administrada pela comunidade internacional, sem pertencer à localidade. Inconformados por natureza, os israelenses tomaram a zona ocidental de Jerusalém, enquanto os jordanianos ocuparam a zona oriental durante a primeira guerra. O armistício assinado entre Israel e Jordânia em 1949 conhecia a soberania de cada um sobre os territórios já conquistados. Os israelenses, então, fizeram de Jerusalém sua capital.

Apesar de possuir milhões de habitantes, o futuro de Jerusalém é controverso. Como aconteceu em 1967, na Guerra dos Seis Dias, os israelenses tomaram a parte jordaniana da cidade e reunificaram, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) quer fazer da Jerusalém Oriental a capital de um Estado palestino. Israel não abdica da sua soberania na cidade. É provável que as iniciativas de paz no território vigorem, principalmente com o fluxo turístico que essa história atrai.

Igreja do Santo Sepulcro
Além de Capital israelense, Jerusalém é a maior e mais populosa cidade:
Área: 125,2 quilômetros quadrados
População: 693.200 habitantes (2003)
Judeus: 464.500 (67%)
Não-judeus: 228.700 (33%)
Crescimento natural (em 2003): cerca de 15.733 pessoas
Novos imigrantes (em 2003): cerca de 2.969 pessoas
Cidadãos que moram no exterior: Cerca de 1.385 pessoas
Empregados: 187.707 habitantes
Autônomos: 16.691 habitantes
Salário médio: 7.224 Sherkels (R$ 3.499,30)
Idade: Entre 0 e 19 anos: 44,2% | Mais de 65 anos 8,3%
Educação (para habitantes com mais de 15 anos): Mais de 13 anos de estudo - 22%, dos quais 10,3% têm mais de 16 anos de estudo
Habitantes abaixo da linha da pobreza: - 41,8%
Idioma: Hebraico
Religião predominante: judaísmo

--------
fontes: Escritório Central de Estatísticas de Israel, 2003, Prefeitura de Jerusalém e Ministério de Relações Exteriores de Israel
#Valdívia é pesquisadora da cultura israelense.

Um comentário:

  1. Jerusalém não é a capital de Israel, ou então, não é somente capital de Israel

    ResponderExcluir