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COTEMPORÂNEA - Jerusalém preservou arquitetura, religiões milenares, os muitos museus... e abriu espaço ao desenvolvimento moderno | imagem: Jerusalém em fotos |
#Valdívia Costa
Paraíba-BR Não podemos pensar que um lugar antigo e conhecido no mundo inteiro está do mesmo jeito que na época em que nem se cogitava a modernidade. Jerusalém, a capital de Israel, é uma dessas cidades históricas que nos desperta o interesse justamente por preservar milênios de cultura religiosa, mas com um pé na atualidade.
Localizada nas Montanhas da Judéia, entre o mar Mediterrâneo e o mar Morto, a cidade possui locais sagrados, além de belas paisagens áridas e de grande importância arqueológica. Como bem descreveu uma reportagem recente da Folha, a história da cidade acompanha a história do povo hebreu, com fugas, reconstruções e inúmeras dominações diferentes.
Segundo a matéria, Jerusalém foi o local escolhido para o rei Davi fixar residência, unificar as 12 tribos dos hebreus e concentrar o poder em suas mãos. Isso foi a quase mil anos a.C., quando os hebreus deixam de ser uma confederação de tribos e passam a ser nação. A cidade também foi do rei Salomão, homem de grande sabedoria, prosperidade e riquezas. Após a sua morte, ocorre divisão nas Tribos de Israel, originando o Reino de Judá com as duas tribos, ao Sul, e o Reino de Israel Setentrional, as 10 Tribos ao Norte.
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Velho mercado de Jerusalém |
Impérios Para saber um pouco mais sobre essas dominações de Jerusalém basta acessar os links dos governos israelenses que nos dispuseram informações. Uma das batalhas, em 332 a.C., a cidade sofre uma nova destruição, após a ascensão de Alexandre, o Grande, da Macedônia. O período islâmico, entre 638 e 1099, foi outra trajetória da cidade, até ser conquistada pelas cruzadas cristãs (1099) e, depois, tomada pelos egípcios e mamelucos. O domínio otomano (1517) foi para Jerusalém e Palestina, quando passa pela tolerância religiosa, aberta às três religiões monoteístas.
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Domo da rocha |
Liberdade No século XX, Jarusalém foi capital do território denominado Palestina, área correspondente ao que é hoje Israel, faixa de Gaza e Jordânia, durante a Primeira Guerra Mundial. À procura da tão sonhada paz, a recém criada ONU (1947) dividiu o território entre árabes e judeus. Jerusalém foi uma cidade administrada pela comunidade internacional, sem pertencer à localidade. Inconformados por natureza, os israelenses tomaram a zona ocidental de Jerusalém, enquanto os jordanianos ocuparam a zona oriental durante a primeira guerra. O armistício assinado entre Israel e Jordânia em 1949 conhecia a soberania de cada um sobre os territórios já conquistados. Os israelenses, então, fizeram de Jerusalém sua capital.
Apesar de possuir milhões de habitantes, o futuro de Jerusalém é controverso. Como aconteceu em 1967, na Guerra dos Seis Dias, os israelenses tomaram a parte jordaniana da cidade e reunificaram, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) quer fazer da Jerusalém Oriental a capital de um Estado palestino. Israel não abdica da sua soberania na cidade. É provável que as iniciativas de paz no território vigorem, principalmente com o fluxo turístico que essa história atrai.
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Igreja do Santo Sepulcro |
Área: 125,2 quilômetros quadrados
População: 693.200 habitantes (2003)
Judeus: 464.500 (67%)
Não-judeus: 228.700 (33%)
Crescimento natural (em 2003): cerca de 15.733 pessoas
Novos imigrantes (em 2003): cerca de 2.969 pessoas
Cidadãos que moram no exterior: Cerca de 1.385 pessoas
Empregados: 187.707 habitantes
Autônomos: 16.691 habitantes
Salário médio: 7.224 Sherkels (R$ 3.499,30)
Idade: Entre 0 e 19 anos: 44,2% | Mais de 65 anos 8,3%
Educação (para habitantes com mais de 15 anos): Mais de 13 anos de estudo - 22%, dos quais 10,3% têm mais de 16 anos de estudo
Habitantes abaixo da linha da pobreza: - 41,8%
Idioma: Hebraico
Religião predominante: judaísmo
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fontes: Escritório Central de Estatísticas de Israel, 2003, Prefeitura de Jerusalém e Ministério de Relações Exteriores de Israel.
#Valdívia é pesquisadora da cultura israelense.
Jerusalém não é a capital de Israel, ou então, não é somente capital de Israel
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